sábado, 26 de maio de 2012

ACESSIBILIDADE EM VERÍSSIMO



De acordo com o Censo do IBGE de 2010, Veríssimo tem oficialmente 3.483 habitantes, os quais 13,3% têm mais de 60 anos, ou seja, temos 363 pessoas nessa faixa etária.
Todos podem ver a nítida dificuldade das pessoas idosas da cidade em circular pelas calçadas, em subí-las, sem falar nos cadeirantes que moram nela.
Ao transitar pelas ruas de nossa cidade, vemos que grande parte delas estão pavimentadas, com projeto do resto o ser para breve, bem diferente da situação dessas nos últimos anos, onde estas eram intransitáveis. Quanto às calçadas, por que estão são tão descuidadas? Não seria o momento de criar alguma norma para pavimentá-las?
Sabemos que em várias cidades brasileiras existem normas para tanto o poder público como para o privado de pavimentar as calçadas, sendo obrigando-as, ou auxiliando outras com menos possibilidades.
A atual administração colocou rampas nas calçadas e orgãos públicos da cidade, de forma totalmente errada, se considerarmos a lei federal vigente (ABNT NBR – 9050/2004 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos).
            Agora, em 2009, tentei fazer algo pela acessibilidade em nossa cidade ao propor um projeto de lei
(http://www.4shared.com/office/E3R5v9__/PROJETO_RAMPAS_VERISSIMO.html) que regulamentava e dava prazos para poder público e privado para o fazer, mas foi recebido com ceticismo pelos vereadores de nossa cidade e ignorado pela administração. Em vez de criar leis regulamentando as rampas e acessibilidade para cadeirantes em nossa cidade, ou seguir normas federais, as fez por conta e risco.
            Para quem se interessar, eis as normas federais:
                       
            Aqui seria importante propormos um desafio, como já feito em outras cidades e colocarmos os vereadores e o prefeito, juntamente com o secretário de obras públicas, mais o engenheiro que projetou isso, e mais os candidatos a prefeito nas próximas eleições, e andar pela cidade, tentar acessar equipamentos públicos e privados de nossa cidade, para eles testarem na prática o que propõe na teoria. Para conduzir a atividade, além de eu estar junto, nada mais que os cadeirantes de Veríssimo, e ouvi-los sobre suas dificuldades.
            Como muitos devem saber, minha pesquisa é com deficientes visuais, pessoas cegas e com baixa visão, e por isso me preocupo muito com a acessibildade de tais pessoas em nossa cidade. Em Veríssimo, no Banco Itaú colocou pisos de acessibilidade, mas que levam nada a lugar nenhum, de forma totalmente errada, mas foi uma tentativa. Já no resto da cidade, isso não existe. Aqui o desafio é similar, ou seja, vendar os agentes públicos citados anteriormente, simulando cegueira e colocar na mão deles uma bengala e fazê-los se locomoverem pela cidade. Como faço pesquisa na área, já passei por esse desafi algumas vezes e é algo que recomendo a todos, pois a visão da realidade e desafios da pessoa deficiente muda radicalmente depois da experiência.
            Em resumo, em matéria de acessibilidade, está faltando um choque de realidade aos políticos de nossa cidade, e por isso as provocações e desafios aqui propostos.

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